terça-feira, 15 de novembro de 2011


Campus vergueiro
UNIP – Universidade Paulista
Curso: Letras Licenciatura L. Portuguesa/Inglesa
Disciplina: Letras Interdisciplinar
Pluralidade Cultural
 
 
 
Orientadora: Prof.ª Joana

Antonio Marcos RA: A44628-1
Fernanda M. Antonio RA: A59112-5
Jorge Coletta RA: A58581-2




Pré-projeto

O Parâmetro Curricular Nacional e o Psicológico via Diversidade Cultural

Introdução

Trata-se da busca daquilo que tem mais relevância segundo os ( PCNs), a necessidade contemporânea de realizar-se o ensino e o aprendizado como tópico fechado entre as disciplinas escolares e a vida social, aqui, vista pela analise de Temas Transversais, cujo escopo é firmar-se a Cidadania do ser humano desde a época estudantil inicial ( Ensino Fundamental I, II, e Ensino Médio)
Objetivos

Materializar questões da vida e de convivência com os outros numa dinâmica de reflexão de questões sociais e da condição do homem, e assim entender, como ocorre o desenvolvimento escolar, no envolver de todos os seus agentes que assim participam.

Justificativa

Entender o sentido único e inafastável da Educação como o caminho à pacificação da vida e da realização do trabalho no meio social. Para isso o grupo vai trabalhar com o gênero filme, correlacionando-os com os temas transversais, mas tendo como foco principal a “Pluralidade Cultural”.

Metodologia

Analisar o filme “Melancolia” correlacionando ao tema transversal “Pluralidade Cultural”, ou seja, como o cinema trata os temas transversais e, como isso se reflete na sociedade. Para a elaboração do trabalho primeiramente os integrantes vão assistir o filme, depois analisa-lo, criar um blog e postar o material pesquisado, ou seja, o trabalho poderá ser acompanhado durante o processo de elaboração.
O foco dos Temas Transversais

Os Temas Transversais é uma das maneiras encontradas pelos educadores e políticos para tratar de problemas ligados ao dia a dia da sociedade। Pois esse tema está ligado a todas as camadas sociais: pobre, rico, escolarizado ou não, etc। E pode ser tratado nas escolas por todas as disciplinas que, pode correlacionando tema tratado na aula com os acontecimentos vivenciados no dia a dia pelo aluno.
Atualmente os temas tratados nos Parâmetros Curriculares são: Ética, Meio Ambiente, Saúde, Pluralidade Cultural e Orientação Sexual. Todos os temas tem relação, pois compartilham de um meio comum; a relação do indivíduo e o meio em que está inserido। São temas interligados como em uma “cadeia alimentar” em que um depende do outro para sobreviver। Na escola o aluno aprende acerca da importância desses temas, ou seja, o professor estimula o aluno a agir criticamente।

Pluralidade Cultural

Pluralidade Cultural o que chamaremos de (PC) é um dos temas transversais que faz parte da Estrutura Dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). Preocupado em tratar de problemas que está relacionado a toda a sociedade no cotidiano, o governo junto aos educadores tem mostrado empenho em tratar de temas que está relacionado não apenas ao aluno, mas o aluno como um indivíduo modificador da sociedade, neste caso, os temas transversais tem como foco a formação da moral e do caráter do aluno.
No entanto o foco aqui é Pluralidade Cultura, esse é um tema bastante abrangente que foca todo o acervo cultural brasileiro. No entanto o foco do grupo é a temática “melancolia” dentro da pluralidade cultural, neste caso analisaremos o filme “Melancolia”


Letras Interdisciplinar e APS

A disciplina aponta que nos estudos nada é estanque e isolado, principalmente quando o foco são as Letras, campo chefe dos estudos da Linguagem, estrutura e matéria que comanda a comunicação humana, arcabouço da compreensão e desentendimento, efeitos do belicoso ou de paz। A pedra desse dominó é a palavra, pois não existem palavras separadas da intelecção humana dependente da capacidade intelectual dos homens para fechar o círculo da comunicação.
Esse é o contexto que justifica os temas transversais que são: Saúde, Pluralidade Cultural, Ética, Meio Ambiente, Orientação Sexual entre outros. Mas vamos nos ater a abordar Letras e a Saúde; no fator língua e linguagem usamos o suporte cinema e o gênero filme, compondo pela presença da metáfora, e no fator Saúde trabalhamos com o tema da Melancolia humana.

Saúde - e Melancolia

Tristeza vaga; tipo de depressão। Do grego, - melagcholia -, configura-se por um estado psicológico depressivo sem causa evidenciada; apresenta falta de entusiasmo e predisposição para as coisas corriqueiras da vida; no período da Renascença e do Romantismo pensava-se que ao se apresentar em tal estado a alma seria enriquecida, porém há um desvalor a si mesmo। Hoje se caracteriza pela falta de prazer em tudo que se faz, ou mesmo um desânimo como uma reação àquilo que seria agradável em se realizar। O estado melancólico instituído como meio de defesa orgânica por não aceitar ou não suportar as intercorrências referentes ao tempo e espaço estruturantes da vida. Para a psicologia, Melancolia é perda de si mesmo frente aos outros, como se não conseguisse se sentir apto a fazer nada com propriedade; desigualdades não há; há destemperos e desesperanças. O que fazer quando nada mais é possível fazer? Também, há um fio – cinza e grosso – entender-se-á logo mais – de esperança sempre presente, porque existe e precisa ser materializada, se possível for, por novas nuances traçadas e conferidas para a sequência dos dias que se vivem, e ao próprio modo de viver-se, a se vislumbrar o Ser do ser humano.






O Filme- Melancolia













MELANCHOLIA, Dinamarca /Suécia /França /Alemanha, 2011, drama, 136 min। De Lars Von Trier com Kirsten Dunst, Charlotte Gainsbourg, Kiefer Sutherland, Alexander Skarsgard, Charlotte Rampling e John Hurt.
Mistura drama e ficção científica, e esta funciona como a base metafórica à própria Melancolia. Justine se casa no clube de golf do cunhado (John); a felicidade é aparente, mas ofuscada pelo sentimento que anestesia e diz a mãe (Gaby – a representação da indiferença ao casamento, e funciona como um amplificador à tristeza) “quando tento caminhar, sinto um fio de lã, cinza e grosso, enrolado às minhas pernas”.
Na segunda parte do filme Justine retorna ao local do casamento – um casamento atolado como a Limosine que conduzira os noivos – e encontra a irmã preocupada como planeta Melancolia – azul, como a Terra – que ameaça seriamente a atingir o planeta dos homens. A enfraquecida Justine procura encontrar suas forças para equilibrar o desconforto de uma situação cuja expectativa é apocalíptica. A ambiguidade face à tristeza de abandono pelo caos de alma existencial, e as forças necessárias ao equilíbrio para o retorno que irá evitar o Fim.
O trabalho de Lars Von Trier se inicia por um “ultraslow motion”, antecipando o Fim; a inspiração do diretor veio de pinturas pré – rafaelitas e alemãs, sons de Beethoven “nona sinfonia” e escancara seu niilismo sobre a vida e as relações humanas, assim como a própria existência. O casamento, a vida social, econômica, não ancoram a felicidade estável do homem; todos os atos cometidos o são, por relação de causa e efeito cuja natureza é mecânica e teatral. Neste tom, melancolia funciona como escape do depressivo; o resultado final é o estar literalmente só, e o resto é uma realidade ilusória – mais uma vez, o ambíguo se apresenta.
Sente-se a destruição da Terra, por outro planeta azul – Melancolia – o escondido, e o ataque traiçoeiro, a tristeza que se transforma em um monstro para devorar o que foi contaminado por aquela; a voz do diretor se faz por Justine, que faz emergir de seu vazio – ela mesma – um grito de alma, no qual, firma não existir vida em qualquer outro planeta – frustação e desilusão – como antídoto ao vazio sentido, viver o fim se torna o apaziguamento de qualquer alma; o tema são as condições impostas pelo homem à sua vida terrena, cujos males por elas criados são a causas do espaço do vazio. As irmãs de natureza ambígua – mais uma vez – razão e insegurança – revelam a contradição da condição humana; na existência, presente está o apocalipse do sê, portanto, ao existir, existe sem razão da própria existência; simplesmente a amorfia do real, como um fio – de lã cinza e grossa – conduz o homem ao Desabar – natureza do apocalíptico.
O filme, gênero de entretenimento, que neste caso, faz lê o recheio macio – festa de casamento – e suave, irremediavelmente coberto por uma crosta petrificante de inexpugnável potencial destrutivo e consequente fim da concretude humana. O fim das dores, das coisas que nos rodeiam, de nós mesmos, como solução da inquietude anímica – um ângulo a olhar – eis a questão.
A respeito do trabalho sobre os temas transversais (temas que cruzam a qualquer tempo os temas curriculares – PCNs) encontramos o foco central para a evolução de Educação nacional a partir do exercício pelo estudante de leitura e escrita permeado pela significação para o desenvolvimento de competências e habilidades; tal evolução causa a formação cidadã. Quando se fala em significação vai-se além do significado, pois, é componente da arte e técnica de construir textos na infinidade de gêneros existentes acrescidos de natureza discursiva e, firma posturas socialmente contextualizadas.
Sobre o tema saúde, escolhido foi o desequilíbrio desta pela instalação da Melancolia, e sua implicação direta em questionar-se o existencialismo humano, pois, relacionados.
Escolhido o gênero filme denominado “Melancholia”, pois é matéria perfeita a refletir o exposto no parágrafo anterior; nesse amálgama de gênero, discursividade, e transversalidade, o roteiro aborda uma face de estado d’alma universal. Quando esta doença social se instala todos os momentos de se sentir são desérticos; há um não aceite da própria vida e, ao contrário do que parece não é uma expectativa do fim, e sim, existe o entremear-se a uma terrível angústia pelo fim já presente. A sensação do tudo acabado, não há mais luzes no horizonte, só dominam nuvens negras que encobrem as sensações mundanas. Sem quaisquer perspectivas, as passadas não avançam; e, o que não findou já está acabado. E, como conviver com o final presente real e o estado físico perambulante? O engasgo vivenciado entope a qualquer indivíduo sem haver o escoamento natural do pesado fluxo.
A Melancholia está travestida em explosão atômica, cujo impacto é mortal sobre a leveza do humano. Uma linha mágica cinematográfica que fotografa e revela a ausência da respiração da vertente sensível da condição do homem e da sua existência.
“... Já não há caudas de pavões todas olhos nos jardins de outrora...
As próprias sombras estão mais tristes... Ainda
Há rastos de vestes de aias (parece) no chão, e ainda chora Um como que eco de passos pela alameda que eis finda..."
( Hora absurda / De Cancioneiro / Fernando Pessoa

A representação do casamento para Justine

Desde a antiguidade a psicologia vem atuando na busca da compreensão da mente humana. Já no século IV a.C, Hipocates, um estudioso no assunto, deixou algumas contribuições para a medicina, contribuição essa que mesmo após dezenas de séculos continua sendo utilizada. Segundo o estudioso há relação entre as caracteristicas externas e as internas ao ser humano, ou seja, as caracteristicas do maio ambiente, estava ligadas com a saúde física e mental do ser humano.
Segundo Martursceloo, 1992, Hipócrates criou uma teoria que:

..."Pensava ele que havia quatro qualidades básicas na natureza: o calor, o frio, a umidade e a aridez que a cada uma destas qualidades corresponderia desecreção ou humor corporal, que seriam sangue, a bile negra, a bile amarela e a fleuma. De acordo com o predomínio de cada um destes humores, iria variar o temperamento individual, que poderia, então, admitir quatro tipos principais: sanguíneo, melancólico, colírico e fleumático.

Com base nessa teoria fica mais fácil entender o sentimento vivido pela personagem Justine, pois ele cresceu em uma família que não tinha uma boa formação ética, moral e/ou religiosa. A falta desses princípios faz com que, durante o casamento a noiva seja constrangida e/ou humilhada por seus próprios pais. Veja um trecho da fala de sua mãe durante a festa de casamento:
- Justine se você é ambiciosa, não é herdada da família de seu pai...
-Eu não estava na igreja. Eu não acredito em casamento...
- Pessoalmente “eu odeio casamentos"
A fala da mãe da noiva funcionou como um influenciador externo negativo, e fez com que a alegria que a noiva sentia, fosse se transformando em um sentimento melancólico. Outro discurso que chama bastante a atenção é o discurso do padrinho do noivo que apesar de parecer algo positivo, esta carregada de informações implícitas.

O discurso do padrinho sobre o casamento

Através do discurso do padrinho do noivo podemos entender um pouco mais a respeito dos noivos. Por isso vamos analisar um trecho do discurso dela. Veja:

1“-Tim ( então ele traz um papel com um discurso)
2- Justine, ouvir, caramba.
3/4 - Como muitos sabem esta noite eu cumprir dois papéis.
5 - Do lado do Michael eu sou padrinho.
6 - E por coincidência também sou cabeça da noiva.
7 - Eu não tenho nada de ruim a dizer sobre o namorado, mas...
8 - A noiva...
9 – Justine...
10 – Mulher bonita...
11 – Onde esta a minha linda?
12 – Você sempre foi grande para criar uma frase rapidamente.
13 - O que aconteceu?
14 – Sua emoção tomou conta de você?
15 – Encontrar o homem em sua vida interferiu com seu trabalho?
16 – Pergunto isso porque se eu tivesse que escolher entre.
17 – Michael amava a mulher a um emprego...
18 – Sempre que o empregado escolher.
19 – Publicidade, Justine, de publicidade.
20 – Justine você sempre foi boa para a publicidade.
21 – Você sabe eu sei todos nós sabemos.
22 – Obrigado por segui-lo.
23 – Eu vou deixar você e os outros pensarem numa frase, enquanto comunico a boa nova.
24 – Hoje a empresa não perdeu um escritor...
25 – A empresa ganhou um diretor de artes.
26 – “E isso é você Justine”.

Analisando o discurso do Padrinho podemos contatar que:
Na transcrição (1) está presente a figura de “Tim” personagem protagonista da traição de Justine.
A transcrição (5) ele se identifica como sendo o padrinho por parte do noivo. Na (6) ele afirma ser “cabeça da noiva”. Vejamos cabeça é o lugar onde fica o cérebro, este por sua vez é que nos coordena. Só nos movimentamos quando, a informação que parte do cérebro chega até a parte do corpo desejada, ou seja, neste caso ser a cabeça nos leva a entender como ser o responsável e/ou o controlador. Para o texto bíblico o homem é “a cabeça da mulher”(1Co: 11-3) , isto é, a cabeça da noiva neste caso.
Nas transcrições de 8 a 10, tem só citações da noiva, tem só citações da noiva, no entanto as frases estão incompletas, ou seja, fica para o telespectador completar a informação a respeito da noiva, informações essas que será melhor compreendida ao longo do filme. Além disso, podem-se notar no discurso dúvidas acerca da vida emocional e profissional da noiva, essas dúvidas estão implícitas nas perguntas da transcrição (13-15).
O discurso nos revela também informações profissionais dos noivos, é o que mostra as transcrições de (24-26). Essas informações nos revelam que, além de padrinho do noivo é também o patrão de Michael, cuja função é escritor, não obstante ter o noivo como funcionário da empresa, convida a noiva para ser “diretora de artes”.
O padrinho apresenta “Tim” à Justine.
Num segundo momento discurso do padrinho, ele apresenta “Tim” como seu mais novo funcionário. Veja um trecho do discurso:
1“-(Padrinho)Tim começou a trabalhar há dois dias.
2(Padrinho)-É meu sobrinho, mas ignore isso.
4-(Padrinho)Ele disse que eu não era capaz de obter-lhe que a declaração de hoje à noite.
4-Tim fala:- Acho que vai ser difícil.
5-(Padrinho)Eles são colegas. Eu contratei quando soube da sua educação.
6-(Padrinho)O que a educação é perfeita se você trabalha em PR?
7-“Tim”
8(Padrinho)-Sem educação é claro.
9(Padrinho)-Era quase demasiado perfeito.
10-(Padrinho)Não sei de nada. Eu contratei-o imediatamente.
11-(Padrinho)E com um salário muito bom. O que você diz Tim?
12-(Tim)- Um salário muito bom.
13-(Justine)-O que você esta foçando a fazer Tim?
14-(Padrinho)Você começa a partir de que esta noite line.

Após esse discurso ocorre a traição, ou seja, Justine trai Michael com “Tim” seu mais novo colega de trabalho. Qual a relação entre o discurso do padrinho ao apresentar seu sobrinho, com a traição de Justine.
Vamos analisar algumas falas do discurso, por exemplo, na transcrição (4) fala de uma possível declaração por parte de Justine, essa declaração seria dado naquela mesma noite, o que seria essa declaração não fica claro, mas essa foi a mesma noite da traição। Na transcrição (13) Justine pergunta o que seu chefe está forçando a “Tim” a fazer? Ao que tudo indica, ele esta persuadindo seu sobrinho a seduzir Justine. Tim não teve o amor de Justine, mas conseguiu dela uma relação sexual ao ar livre, algo que seu noivo não conseguiu.















Melancolia tem a cor!!!




É importante ressaltar como o filme mostra o sentimento vivido pelos personagens através das cores, isto é, utilizando-se de cores frias e quentes como forma de representção do sentimento de: angústia, medo, desespero, frustração.
O realse das cores frias mostra o sentimento de inércia diante do caos, ou seja, a frustração com o casamento. Já as cores quentes representa o sentimento de medo diante diante do fim do mundo. O filme pode ser dividido em duas partes, são elas : a festa de casamanto e o fim do mundo.Trataremos da segunda parte no próximo tópico.
Como viver diante da morte!!!
É esse o tipo de problema que passam as personagens do filme Melancolia, o filme mostra a aproximação do planeta Melancolia com o planeta Terra. Essa aproximação causa uma colisão entre os dois planetas, isto é, o fim do Mundo.
Nesse filme o fim do Mundo é tratado de duas formas, “ subjetiva e objetiva”, subjetiva seria a representação do fim pelo próprio homem, ou seja, o fim não do Mundo, mas sim, do mundo interior do homem. Justine não sofreu com medo do fim do Mundo, pois para ela o Mundo já tinha acabado, não o Mundo enquanto planeta, mas o mundo enquanto: esperança, alegria, fé e paz.
É esse o sentimento de quem sofre com a depressão, sente-se incapaz de sentir-se feliz, de acretitar na felicidade, não tem esperança. A personagem Justine (Kirsten Dunst) vivencia esse problema no filme. Ela sentia-se de certa forma indiferente aos problemas a sua volta, ou seja, sentia-se inérte, “morta”.
O autor Lars Von Trier sofre de depressão e, a personagem Justine foi uma das formas encontradas por ele para divulgar um problema de saúde que sofrem milhões de pessoas independente das classes sociais. Mas precisamos ressaltar que, ninguém nasce com depressão e que, ela é uma doença e deve ser tratada como tal.
Nesse sentido há um causador desse mal, ou seja ela é causada por problemas externos que ao se internalizarem mudam a forma de ver o Mundo, matando sentimentos como: a esperança e a certeza . Nisso o sentimento de fé pode e é um influênciador positivo, fé aqui não está restrito a religião, mas em acreditar no melhor para as nossas vidas. Lars Von Trier fala um pouco do seu conceito de fé na entravista que deu à revista “Veja de setembro de 2011.

Entrevista que, Lars Von Trier deu à Isabela Boscov repórter da revista Veja/7 de setembro, 2011/17
O cineastra responde a várias perguntas da repórter, no entanto escolhemos duas por sintetizar a idéia que o cineastra quiz passar no filme Melancolia।




Veja o que ele respondeu quando questionado acerca do fim do Mundo:



"Acho que a vida é uma ideia muito ruim. Se essa ideia partiu de Deus, eu o culpo por tê-la largado no meio do caminho, sem levá-la à sua conclusão lógica. Imagina uma criança que ganha um trem de brinquedo e o põe para funcionar; ele corre nos trilhos uma dezena de vezes, a criança se diverte, e então perde o enteresse. O que acontece com o trem depois que a criança o larga? Isso para mim, é a vida: se Deus a criou – e eu não acredito nele, mas vamos supor que exista-, ele logo a largou, correndo por aí, sem um pensamento para o fato de que criou seres que sabem que cada passo deles na Terra causa o sofrimento de uma planta, um animal ou um outro homem, e que tem de enfrentar a conciência de que sua existência é finita. Isso é nascer sob uma sentença de morte. Se eu fosse um bicho, sem noção de que vou morrer e de que posso magoar os outros o tempo todo, sem culpa de espécie alguma e ocupado apenas em comer, excretar e me reproduzir, então a vida poderia ser tolerável. Mas não da maneira como ela é para os homens . Não é justo. Se antes de eu nascer me consultassem sobre eu quero existir neste mundo, eu diria não- absolutamente não.”



Veja o que ele respondeu quando a repórter fez a seguinte pergunta:




Em Anticristo, o pai da criança morta é psicoterapeuta, mas erra drasticamente nas tentativas de tirar sua mulher do luto. Essa é sua opinião pessoal sobre a psiquiatria, de que ela é incapaz de compreender e senar o sofrimento psíquico?
Lars Von Trier:
“Passei horas sem fim em consultas com psicólogos e psiquiatras, e é claro que estou zombando deles. O que um terapeuta tipicamente diria a um paciente na situação da mãe de Anticristo é que a ansiedade não é perigosa; eu fiz o filme para dizer que, sim, a ansiedade é perigosa. A uma pessoa na situação de Justine em Melancolia, eles diriam: a depressão nâo é o fim do mundo. Eu fiz o filme para dizer que, sim, a depressão é o fim do mundo.”













Bibliografias:
O filme Melancolia de Lars Von Trier
Martucello Neto, Carmine, 1992-( Formada em psicologia e em psicanálise)
Bíblia Apologética, Copyght c 1994, 1995 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.
Revista Veja / 7 de setembro, 2011/ 17